O impacto da genética bovina na rentabilidade do confinamento

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Confinar bovinos no Brasil é um desafio complexo, especialmente quando se trata de equilibrar custos e lucros. Recentemente, a Scot Consultoria divulgou dados reveladores: o lucro médio por cabeça no confinamento brasileiro gira em torno de R$100,00, uma fração do que é alcançado nos Estados Unidos utilizando o mesmo sistema. Essa disparidade financeira aponta para uma realidade preocupante, mas também abre espaço para explorar soluções alternativas, como aprimoramentos genéticos na criação de gado.

A busca por maneiras de otimizar o confinamento bovino no Brasil é um tema central para produtores e especialistas do setor. Uma das abordagens promissoras é o investimento em genética avançada, e a raça Santa Gertrudis surge como um exemplo emblemático desse potencial.

Dados da última Prova de Avaliação de Desempenho da raça Santa Gertrudis destacam os avanços genéticos que podem impulsionar os ganhos dos confinadores. Por exemplo, o Ganho Médio Diário (GMD) é um indicador crucial para reduzir o tempo médio de abate e aumentar a eficiência da conversão alimentar. Na prova, o melhor animal, que é filho de um reprodutor expoente da raça, Refúgio 53 do criador Lucam Agropastoril, atingiu impressionantes 2kg de ganho aos 13 meses, demonstrando a capacidade da genética melhorada em acelerar o crescimento dos animais.

Outro indicador importante é o Espessura de Gordura Subcutânea (EGS), que reflete a precocidade de acabamento da carcaça. Na mesma prova o macho filho do reprodutor Paco da Taquari, do criardor Djalma Amaral, atingiu 5mm de gordura aos 12 meses de idade, indicando uma maturação precoce que pode ser crucial para encurtar o ciclo de confinamento e maximizar os lucros.

O rendimento de carcaça é fundamental em sistemas de confinamento, a Área de Olho de Lombo (AOL) é um indicador-chave da qualidade da carne, rentabilidade e da eficiência de produção. Na mesma prova, o filho do Justus da Taquari, touro que fez história na raça Santa Gertrudis, atingiu 108cm de AOL aos 11 meses de idade, destacando a capacidade dessa linhagem de produzir animais com alto potencial de rendimento de carcaça.

Esses resultados destacam o potencial da raça Santa Gertrudis, uma raça sintética conhecida por sua rusticidade, precocidade e habilidades maternas. Com 70 anos de história no Brasil, a raça continua a evoluir em termos de ganho de peso e eficiência produtiva, oferecendo uma opção valiosa para produtores que buscam resultados rápidos e rentáveis no confinamento.

Em um setor onde cada centavo conta, a escolha da genética certa pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso no confinamento bovino brasileiro. A raça Santa Gertrudis exemplifica o potencial transformador da genética avançada, oferecendo aos produtores uma oportunidade única de maximizar os lucros, encurtar os ciclos de produção e alcançar uma maior eficiência global. Ao investir em genética de qualidade, os confinadores brasileiros podem abrir caminho para um futuro mais próspero e sustentável no setor.

Anderson Fernandes – medico veterinário e técnico da ABSG


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