Tag: genética bovina

Raça registra novo recorde de ganho médio diário em avaliação de Central

Animal Santa Gertrudis surpreende com ganho acima de 3kg/dia

A raça Santa Gertrudis teve sua eficiência produtiva comprovada ao realizar, pela primeira vez, uma Prova de Avaliação de Desempenho (PAD) na Central Bela Vista, em Botucatu (SP). Com 67 animais participantes, entre machos e fêmeas que ao final tinham aproximadamente 14 meses, a prova evidenciou o potencial da raça, que atingiu resultados históricos, principalmente no índice de ganho médio diário, o GMD.

Segundo Anderson Fernandes, presidente do conselho técnico da Raça Santa Gertrudis, o GMD, ou Ganho Médio Diário, é o aumento de peso do animal por dia durante um período determinado. “Ele é calculado dividindo a diferença entre o peso final e o inicial pelo número de dias monitorados. Esse indicador é essencial para avaliar o desenvolvimento, a eficiência nutricional e o manejo, essenciais para os resultados positivos na engorda dos bovinos.”

O teste teve duração de 77 dias – sendo 21 dias de adaptação e 56 de prova efetiva –, avaliando, além do GMD, a eficiência alimentar, as características de carcaça e a análise de biotipo conduzida pelo programa Geneplus/Embrapa. A dieta projetada para a prova estimava um ganho entre 1,1 e 1,2 kg/dia, porém o maior GMD registrado foi de 3,02kg/dia, um marco no Centro Tecnológico “Humberto de Freitas Tavares”, 

“É importante destacar também que esse animal que ganhou 3,02 quilos ao dia, apresentou um CAR negativo, ou seja, um Consumo Alimentar Residual negativo em 0,752, o que significa que, apesar de ter comido menos do que a média da população da prova, ele teve um ganho gigantesco de peso”, ressalta Anderson.

Para Matheus Vargas, Supervisor de Produção e Pesquisa da Central Bela Vista, o desempenho da Santa Gertrudis representa um divisor de águas: “Esse foi o maior ganho médio diário já registrado no Centro Tecnológico até hoje. Os números comprovam a eficiência dessa raça, que combina equilíbrio entre características de carcaça, desempenho reprodutivo e eficiência alimentar. O Santa Gertrudis tem um enorme potencial para se destacar no cruzamento industrial, especialmente por sua precocidade e rendimento.”

Além do GMD, Hermano Lucam, da Lucam Agropecuária registrou também o maior índice de Área de Olho de Lombo da prova, que foi de 92,65. O proprietário Luiz Ayres, conhecido como Ziza, criador da raça desde 1985, comemorou os resultados: “Com 38 anos de experiência em provas, posso dizer que essa foi uma das melhores que já participamos. A resposta vem em números, refletindo a força da genética que desenvolvemos ao longo das décadas. Além disso, três dos nossos touros foram vendidos imediatamente após a prova, o que mostra como essas avaliações valorizam os animais e a raça.”

Essas qualidades, aliadas à eficiência na conversão alimentar, tornam o Santa Gertrudis uma opção estratégica para pecuaristas que buscam maximizar a produtividade e a lucratividade de seus sistemas de produção.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Santa Gertrudis, Antônio Roberto, reforçou a relevância da avaliação: “Realizar a prova na Central Bela Vista foi um marco. Os resultados confirmam que a raça tem muito a oferecer, com animais que aliam excelente desempenho produtivo e reprodutivo. Essa conquista é fruto do trabalho conjunto entre criadores e técnicos, buscando sempre a evolução da raça, de acordo com as necessidades do mercado.”

O impacto da genética bovina na rentabilidade do confinamento

Confinar bovinos no Brasil é um desafio complexo, especialmente quando se trata de equilibrar custos e lucros. Recentemente, a Scot Consultoria divulgou dados reveladores: o lucro médio por cabeça no confinamento brasileiro gira em torno de R$100,00, uma fração do que é alcançado nos Estados Unidos utilizando o mesmo sistema. Essa disparidade financeira aponta para uma realidade preocupante, mas também abre espaço para explorar soluções alternativas, como aprimoramentos genéticos na criação de gado

A busca por maneiras de otimizar o confinamento bovino no Brasil é um tema central para produtores e especialistas do setor. Uma das abordagens promissoras é o investimento em genética avançada, e a raça Santa Gertrudis surge como um exemplo emblemático desse potencial.

Dados da última Prova de Avaliação de Desempenho da raça Santa Gertrudis destacam os avanços genéticos que podem impulsionar os ganhos dos confinadores. Por exemplo, o Ganho Médio Diário (GMD) é um indicador crucial para reduzir o tempo médio de abate e aumentar a eficiência da conversão alimentar. Na prova, o melhor animal, que é filho de um reprodutor expoente da raça, Refúgio 53 do criador Lucam Agropastoril, atingiu impressionantes 2kg de ganho aos 13 meses, demonstrando a capacidade da genética melhorada em acelerar o crescimento dos animais.

Outro indicador importante é o Espessura de Gordura Subcutânea (EGS), que reflete a precocidade de acabamento da carcaça. Na mesma prova o macho filho do reprodutor Paco da Taquari, do criardor Djalma Amaral, atingiu 5mm de gordura aos 12 meses de idade, indicando uma maturação precoce que pode ser crucial para encurtar o ciclo de confinamento e maximizar os lucros.

O rendimento de carcaça é fundamental em sistemas de confinamento, a Área de Olho de Lombo (AOL) é um indicador-chave da qualidade da carne, rentabilidade e da eficiência de produção. Na mesma prova, o filho do Justus da Taquari, touro que fez história na raça Santa Gertrudis, atingiu 108cm de AOL aos 11 meses de idade, destacando a capacidade dessa linhagem de produzir animais com alto potencial de rendimento de carcaça.

Esses resultados destacam o potencial da raça Santa Gertrudis, uma raça sintética conhecida por sua rusticidade, precocidade e habilidades maternas. Com 70 anos de história no Brasil, a raça continua a evoluir em termos de ganho de peso e eficiência produtiva, oferecendo uma opção valiosa para produtores que buscam resultados rápidos e rentáveis no confinamento.

Em um setor onde cada centavo conta, a escolha da genética certa pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso no confinamento bovino brasileiro. A raça Santa Gertrudis exemplifica o potencial transformador da genética avançada, oferecendo aos produtores uma oportunidade única de maximizar os lucros, encurtar os ciclos de produção e alcançar uma maior eficiência global. Ao investir em genética de qualidade, os confinadores brasileiros podem abrir caminho para um futuro mais próspero e sustentável no setor.

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  • santagertrudis@santagertrudis.com.br

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    Bairro Parque Campolim | Sorocaba - SP
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Santa Gertrudis
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