Autor: StaGrtrds_Adm1n

Bodas de Ouro na pecuária: a jornada em meio século como técnico de uma raça

50 anos não são 50 dias. Uma vida inteira dedicada ao conhecimento e a ser testemunha ocular da evolução do que a pecuária brasileira foi, é e será. E mais ainda, comprometido com uma única raça, com um biotipo animal, a frente de um única Associação, o Santa Gertrudis.

Talvez este seja um fato inédito para um profissional nesta área. Um veterinário que viu nesse caminho muita água passar por baixo da ponte. Puder ver um começo onde pouco se valorizava a genética e o manejo nutricional e criava-se pouco gado em muita área, o resultado era baixa rentabilidade e uma atividade até vista em certo ponto com maus olhos. Tudo mudou, ainda bem. No último meio século, tive o privilégio em ser testemunha ocular desta evolução, que lançou mão da tecnologia e do conhecimento que hoje fazem a diferença da porteira para dentro. 

Essa jornada como testemunha teve como fio condutor a raça Santa Gertrudis que chegou por aqui ainda há mais tempo, já são 70 anos de Brasil. Fui contratado em 15 de janeiro 1974 pela Associação Brasileira do Santa Gertrudis, menino franzino, recém-formado em veterinária, mas com muita vontade de aprender, vontade que me levou até o King Ranch, berço da raça nos Estados Unidos para passar por testes, me tornar técnico e treinar o olho para os desafios biotípicos e fenotípicos da raça.  

E assim estou desde então. Pude conhecer a pecuária em seus diversos cantos. Nas américas, na Australia, África do Sul e por aqui, acompanhar feiras e julgamentos de norte a sul deste Brasil continental e dizer com propriedade que o maior desafio da pecuária é adaptação e funcionalidade. 

E estes hoje são nosso grande trunfo, e eu digo nosso porque a frente do Santa Gertrudis digo que foi o que mais trabalhamos, poder ter um animal adaptado para todos os biomas, necessidades e desafios brasileiros e mais ainda, que atende a maior necessidade atual da pecuária: Qualidade de carne.

Essa preocupação atual é evidente, e as tecnologias de ultrassonografia e as provas de desempenho tem um papel crucial na definição da qualidade da carne produzida pelos animais. Estamos em um momento de mudanças, e as tecnologias avançadas estão permitindo a produção de animais que atendem às exigências e agreguem valor ao que produzimos porteira adentro. 

Recebi durante o Congresso Internacional do Santa Gertrudis realizado em dezembro no Brasil, uma linda homenagem. Um reconhecimento pelas cinco décadas de trabalho prestadas com muita dedicação, esforço e acima de tudo otimismo. O caminho ainda é longo, mas se mantermos o que conquistamos até hoje, continuaremos a produzir a melhor carne do mundo, com excelência, padrão e qualidade para gringo nenhum por defeito. 

José Arnaldo Amstalden, médico veterinário, 75 anos sendo destes 50 como técnico e superintendente da Associação Brasileira do Santa Gertrudis.

MS recebe etapa do Congresso Internacional da raça Santa Gertrudis

Rebanho número 1 da raça, localizado em Nova Andradina/MS, será mostrado na etapa do Congresso

No dia 3 de dezembro, a partir das 8 horas, a Associação de Criadores de Santa Gertrudis (ABSG) realiza na Fazenda Lirio do Vale, em Nova Andradina – MS, a etapa MS do Congresso Internacional da raça que comemora os 70 anos da chegada do Santa Gertrudis no Brasil. No dia de campo, entre os temas apresentados, estará o cruzamento industrial com nelore e apresentação sobre o GPBife – programa realizado pela Embrapa/Geneplus.

“A Lirio do Vale é onde está hoje localizado o rebanho remanescente, ou número 1, originário do King Ranch, berço da raça nos EUA. Lá poderemos ver toda a performance genética da raça e, mais ainda, como são seus resultados no cruzamento com o nelore, tanto ½ sangue como ¾, que é a segunda cruza em cima da F1 Santa, onde inseminamos e fazemos repasse com touros Santa Gertrudis”, explica  Anderson Fernandes, técnico da associação e consultor veterinário da fazenda.

Anderson explica também que são trabalhadas cerca de 2 mil matrizes na propriedade. “A propriedade só trabalha com cria e temos esses animais com alta carga genética do Santa Gertrudis Puros de Origem”, enfatiza o veterinário. 

O pesquisador Maury Dorta, da Embrapa Gado de Corte e coordenador do programa Geneplus, pontua que a apresentação sobre o GPBife pretende mostrar aos produtores e ao público presente a importância do suporte ao produtor na produção do gado comercial, que precisa lançar mão de ferramentas para a melhor rentabilidade de sua produção.

“Mostraremos no dia de campo que esse suporte é feito a partir de um diagnóstico inicial do rebanho, definindo assim um objetivo do criador e conhecimento do nível de controle zootécnico existente na propriedade. A partir daí, elaboramos um plano de trabalho com ações que comporão um processo de melhoramento genético a ser implantado neste rebanho. O GPBIFE atende a rebanhos em todos os níveis de controle zootécnico, estabelecendo metas compatíveis a cada realidade com foco na evolução ao longo do tempo”, pontua o pesquisador.

O Congresso será realizado entre os dias 26 de novembro e 11 de dezembro e pretende reunir delegações de mais de 10 países de diversos países de, de vários continentes. O roteiro percorrerá quatro estados brasileiros, com dezesseis dias de palestras técnicas abordando diversos temas sobre a pecuária brasileira, bem como visitas a fazendas que adotam os mais variados modelos de produção. 

“O dia de campo na Lirio do Vale será uma oportunidade ímpar dos participantes conhecerem um dos maios importantes berços do Santa Gertrudis no Brasil, além das palestras serviremos também um almoço típico sul-mato-grossense, a terra que respira  pecuária”, ressalta o presidente da ABSG, Gustavo Barretto. 

Mais informações, como cadastramento para o dia de campo, só acessar o site www.santagertrudis2023.com.

Brasil Receberá pela Terceira Vez o Congresso Mundial do Santa Gertrudis

Evento passará por 4 Estados brasileiros e restam poucas vagas para os interessados

De 26 de novembro a 10 de dezembro, a Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG) realiza no Brasil o Congresso Mundial da raça, celebrando os 70 anos da sua chegada no país. Pela terceira vez realizado no País, o evento é considerado um marco na troca de informações, experiências, conhecimento e excelência da pecuária, reunindo pecuaristas e especialistas de todo o país. 

“Teremos uma programação que foi toda feita minuciosamente pensando no que o criador precisa ver da raça em nosso País, o desenvolvimento dela tanto em sua genética, como no seu manejo, por isso a ideia de ser itinerante, pois queremos justamente mostrar como ela responde nos diferentes biomas e nos diferentes formatos produtivos”, pontua o presidente da Associação, o criador Gustavo Baretto.

O congresso oferece uma plataforma para a troca de informações entre pecuaristas e especialistas. A programação técnica foi elaborada para facilitar o entendimento da evolução da pecuária no país e o papel do Santa Gertrudis nesse ambiente, fornecendo insights valiosos e estratégias inovadoras para todos os participantes.

“Importantíssimos temas farão parte da programação, entre eles “Pastoreio Voisin”, manejo de pastagens que visa a verticalização da produção; Mercado de carnes premium; Evolução da pecuária brasileira; Desenvolvimento genético do Santa Gertrudis Brasileiro no programa Geneplus/Embrapa, tendências de mercado e Evolução da avaliação de carcaça no Brasil. Este encontro não apenas fortalecerá os laços existentes, mas também promoverá parcerias em prol de objetivos comuns”, ressalta Barretto.

Na programação, o turismo também será contemplado, proporcionando aos participantes a oportunidade de explorar as belezas do Brasil. Além de enriquecer o conhecimento dos participantes, essa experiência visa fortalecer o compromisso com a evolução da pecuária.

“Selecionamos criteriosamente os estados  de Sergipe, Paraná, Mato Grosso do Sul 
 e São Paulo, com visitas técnicas e passeios, pois acreditamos que assim conseguiríamos passar a todos os participantes um panorama econômico específico de cada região, além de mostrar um pouco as belezas do nosso Brasil. Serão 16 dias de imersão em fazendas referência na raça é que mostram os mais diversos modelos de produção presentes no ambiente agropecuário brasileiro.”, pontua o diretor de marketing e também criador, José Artur.

As inscrições estão na fase final de realização e restam poucas vagas. Para mais informações sobre o evento e inscrições, os interessados podem acessar o site oficial www.santagertrudis2023.com

Mayara Martins
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Congresso do Santa Gertrudis traz pastoreio Voisin como alternativa para pecuária nordestina

Tema será debatido na abertura do evento, que acontece na cidade de Aracajú no dia 27 de novembro

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), o rebanho da região nordeste brasileira alcançou em 2022 os 25 milhões de cabeças de gado, sendo a grande maioria criada em propriedades rurais com até 20 hectares, que representam 66% do total de propriedades da região.

Com uma quantidade de área tão pequena para produzir carne, um sistema se tornou peça-chave para a produtividade, é o chamado pastoreio Voisin. De acordo com o engenheiro agrônomo e consultor em sistemas pecuários intensivos, André Sorio, esse tipo de manejo se caracteriza pela rotação de pastagem, pelo uso de alta carga instantânea e por variar o tempo de descanso ao longo do ano conforme a estação climática. 

“Na época chuvosa o capim pode descansar menos para poder se recuperar para o novo pastejo, naturalmente, na época seca ele precisa descansar mais para poder se recuperar para ser pastejado novamente pelo gado. No Nordeste, o Voisin tem um impacto extra, porque as propriedades são relativamente menores do que propriedades do Centro-Oeste, por exemplo. Então o pessoal precisa ainda mais eficiência de utilização para conseguir ganhar escala mesmo em áreas menores”, pontua Sorio.

E o grande desafio da implantação do pastoreiro Voisin é que o produtor precisa efetivamente ser um gestor dos seus recursos, levando em consideração principalmente o uso do solo. André explica que quanto mais se aumenta a produção de pasto, mais se atinge a eficiência de pastejo, que tem como consequência a conversão desse capim em carne e leite.

“O primeiro passo que toda a propriedade pecuária deveria dar é utilizar melhor o seu recurso do solo, o seu recurso básico e permitir que a propriedade consiga demonstrar onde é possível chegar naquela situação existente. Depois que isso está claro, que isso foi testado, foi aplicado pelo produtor, aí sim pode entrar a questão de fertilização, uso de adubo, uso de calcário dentro do processo, mas ele não é algo que se inicia fazendo, ele é depois que já se ganha eficiência no uso dos recursos”, enfatiza o consultor. 

O tema será debatido durante o Congresso Internacional da raça Santa Gertrudis que acontece entre os dias 26 de novembro a 10 de dezembro e trará produtores rurais do mundo inteiro para o Brasil. O pastoreio Voisin fará parte da abertura do evento que acontece na cidade de Aracaju/SE e depois segue de forma itinerante por mais três Estados brasileiros. 

“Será a oportunidade do produtor rural do Brasil e do Nordeste conhecer esse sistema, que pode ser uma saída para a intensificação e melhoria dos seus resultados. No dia de campo, onde teremos a palestra do André Sorio, teremos uma visita a duas propriedades que utilizam o pastereio Voisin, a fazenda Mangabeira, que em módulos de meio hectare faz a recria, criação de tourinhos, de novilhas, além de modulos de 6 hectares onde é feito a cria. Visitaremos também a fazenda Gamelinha, que faz cruzamento industrial de vacas Nelore com Santa Gertrudis, utilizando esse sistema que está dentro da realidade pecuária da nossa região”, finaliza Gustavo Barretto, presidente da Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG). 

Serviço
Para informações e acesso a toda a programação do Congresso Internacional da Raça Santa Gertrudis, acesse o site www.santagertrudis2023.com

Genética para conformação frigorífica é realidade na raça Santa Gertrudis.

O cenário de produção de carne no Brasil apresentou crescimento no segundo trimestre de 2023. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, a alta chega a 11% se comparado já com o mesmo período do ano anterior, produzindo cerca de 2,14 milhões de toneladas de carcaças bovinas. Vários fatores impactam nesses números, entre eles o desenvolvimento genético que visa cada vez mais a replicação de características de conformação frigorifica como: estrutura, musculosidade e acabamento de gordura.

Lançado em agosto, o Sumário Geneplus produzido pela Embrapa Gado de Corte, traz uma seleção afinada desses animais capazes de replicar características importantes para a produção de carne. Entre as raças avaliadas está a Santa Gertrudis, que chamou a atenção justamente por apresentar índices que comprovam esse desenvolvimento.

“As tendências genéticas nos ajudam a enxergar as mudanças que estão acontecendo na raça, o Santa continua sua seleção para ganho de peso, mas a composição de carcaça vem melhorando ano a ano, e vemos isso pelo aumento da tendencia genética para conformação frigorífica dos animais. Também é importante destacar a precocidade sexual, pois a Idade ao Primeiro Parto vem diminuindo de forma consistente ao longo do tempo. Tudo isso implica em mais ganho no gancho, que é também o objetivo final”, explica o coordenador do Geneplus Embrapa, o pesquisador Maury Dorta.

Ao todo foram 2711 touros avaliados na raça. Entre eles animais disponíveis em centrais genéticas, sendo que um terço está entre TOP 0,1% e 0,5%, ou seja, que possuem maior assertividade nos resultados e agregam não só na raça pura, com também no cruzamento industrial.

“Os touros novos que estão entrando nas centrais já são animais muito bons de índice, isso porque o processo de seleção desses animais está muito mais organizado e pautado em critérios de desempenho dentro das fazendas, como também nas provas da raça. O resultado é que temos touros muito mais consistentes, que quando colocados para produzir têm se sustentado como animais realmente melhoradores em relação ao rebanho”, pontua o pesquisador.

Dorta revela também que outra característica levantada é a redução do tamanho de umbigo e prepúcio da raça, um aspecto funcional ligado a longevidade dos touros em serviço no campo. “Os criadores se empenharam muito nisso e vemos isso agora, de forma comprovada pelos números trazidos no sumário Geneplus”, ressalta.

Para o presidente da Associação do Santa Gertrudis no Brasil, Gustavo Barretto, os resultados que raça vem apresentando mostram o trabalho cuidadoso e consistente por parte dos associados. “A base de dados vem crescendo com muita qualidade, temos mais criadores participando do Programa e coletando dados com o rigor necessário para abastecer essa base e gerar DEPs mais confiáveis, que trazem maior assertividade na seleção e acasalamento”, finaliza Barretto.

 
Sobre o Santa Gertrudis.

A raça Santa Gertrudis surgiu a partir de um desafio: produzir um gado de corte rústico, perfeitamente adaptado às duras condições climáticas do sul dos Estados Unidos. Assim, os proprietários das Fazendas King Ranch iniciaram, em 1910, os primeiros cruzamentos entre seus melhores rebanhos de origem zebuína e européia.
 
No Brasil desde 1953, introduzida pelo mesmo King Ranch, com 34 machos e 225 fêmeas, a raça Santa Gertrudis soma hoje quase um milhão de exemplares. Para comemorar os 70 anos da chegada da raça em terras brasileiras, esse ano a Associação sediará entre novembro e dezembro o Congresso Internacional do Santa Gertrudis, que reunirá criadores da raça presentes em todo mundo, serão mais de 10 delegações conhecendo a realidade da pecuária brasileira com palestras técnicas e visitas a campo em diversas regiões do país.

Revista comemorativa conta história da raça Santa Gertrudis no Brasil

No ano que completa 70 anos da sua chegada no país, Associação lança revista que mostra o desenvolvimento da raça no Brasil e no mundo 70 anos marcam a chegada da raça bovina Santa Gertrudis e do cavalo Quarto de Milha no Brasil. Ambos surgidos no King Ranch, propriedade icônica localizada no Texas/EUA, a raça bovina foi produzida a partir do cruzamento da  raça  zebuína Brahman (3/8) e a britânica Shorthorn (5/8), sendo reconhecida como raça em 1940 pelo Ministério da Agricultura Americano. Com grande rusticidade, precocidade e capacidade de adaptação, aliada a acabamento de carcaça, marmoreio e qualidade de carne, vem se destacando em projetos de cruzamento industrial por todo o país dentre eles no chamado tricross.
 
“É um ano muito importante para toda a família gertrudista, estamos comemorando os 70 anos da raça em terras brasileiras, é a que mostra a consistência de um trabalho minucioso na acurácia genética e mais ainda, dos índices que vem fazendo a diferença na pecuária brasileira. A revista vem para brindar esse momento e reunir em um só material toda essa história e evolução do Santa no Brasil”, pontua o presidente da Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG), Gustavo Barreto.
 
Com 100 páginas ela reúne diversas histórias de criadores importantes na  promoção da raça no país, a publicação traz também algumas curiosidades, como a participação da raça em um episódio da icônica novela Roque Santeiro que foi ao ar na década de 80. A cobertura do programa Fantástico do Congresso Internacional que aconteceu em São Paulo em 1997 com uma chamada ao vivo da casa noturna Limelight onde ocorreu o leilão do 

Uma seção que tem bastante destaque é a seção internacional, onde é abordado o posicionamento da raça no cenário pecuário de países como Estados Unidos, Austrália, África do Sul e Paraguai. O que mostra a sua adaptabilidade nos diferentes biomas. 

A publicação também divulga a realização do Congresso Internacional que será realizado este ano, sendo a terceira edição promovida no Brasil. O evento, realizado entre 26 de novembro e 11 de dezembro, pretende reunir criadores de diversas partes do mundo, percorrerá 4 Estados brasileiros, com 16 dias de imersão em fazendas referência na raça e na pecuaria.
 
A publicação está disponível no site da Associação www.santagertrudis.com.br ou você pode solicitar a versão impressa também através do site da entidade.

Mayara Martins
Agro Agência Assessoria
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Lançamento do Congresso Internacional do Santa Gertrudis movimenta Expointer 2023

Criadores, técnicos e entusiastas da raça se reuniram para comemorar os 70 anos do Santa Gertrudis no Brasil e divulgar a realização do Congresso Internacional.

Na noite desta terça-feira (29), a raça Santa Gertrudis reuniu-se no Parque Assis Brasil, durante a 46ª edição da Expointer, em Esteio/RS. Criadores, empresas ligadas ao mercado pecuário e entusiastas da raça participaram do lançamento do Congresso Internacional do Santa Gertrudis, que acontecerá no final do ano no Brasil.

O evento foi também um momento para comemorar o lançamento da revista que marca os 70 anos da chegada da raça ao país. Além de conter muitos detalhes sobre a trajetória e desenvolvimento da genética desses animais, a revista é um pedaço da história da pecuária brasileira.

“É um momento muito importante para a raça, pois estamos comemorando não só a sua chegada, mas também o motivo pelo qual ela se desenvolveu tão bem em nosso país, os resultados satisfatórios que traz para os criadores e o impacto significativo na indústria da carne brasileira. A revista retrata um pouco disso e poder reunir todos que estimam o Santa neste evento, com casa cheia e prestigiado pelos criadores, pelas empresas, pelo mercado, pelos parceiros, é uma satisfação enorme para nós”, ressalta o criador e presidente da Associação Brasileira do Santa Gertrudis, Gustavo Barretto.

Maury Dorta, coordenador do programa Geneplus que trabalha com a raça há muito tempo, destacou como o Congresso será recheado de informações e números sobre a evolução no melhoramento genético da raça, bem como sobre a excepcional produção de fêmeas nelore, os chamados F1. “O Congresso conta com uma programação muito especial e técnica, além de apresentar gado de muita qualidade. Nada melhor que um evento dessa envergadura para comemorar os 70 anos da raça no Brasil”, enfatiza o coordenador.

Para o criador Ruy Barreto, sucessor da Cabanha 53 que cria o Santa Gertrudis há mais de 50 anos e que também conquistou o grande campeonato e o reservado campeonato na pista da Expointer 2023, o evento contribui para o fortalecimento da raça no Brasil.

“Estar aqui nesta noite, participar da exposição e sair com os animais vendidos da pista para novos criadores da raça é um sinal do quanto temos trabalhado por essa evolução. Isso tem sido feito pela Associação, pelo Geneplus e com o uso de ferramentas como a ultrassonografia, que identifica animais superiores, principalmente no marmoreio e na área de olho de lombo, que é o que produz a carne nobre da raça. Ou seja, corresponde mais às necessidades do mercado”, aponta o criador.

O Congresso Internacional do Santa Gertrudis será realizado entre os dias 26 de novembro e 11 de dezembro, reunindo participantes de mais de 10 países em um roteiro itinerante, apresentando os resultados obtidos da genética Santa Gertrudis nos diferentes desafios do Brasil.

Pista pesada elege os melhores do Santa Gertrudis na Expointer 2023

No julgamento da raça, duas propriedades fizeram a dobradinha nos grandes campeonatos. Destaque para a Fazenda Santa Maria, localizada em Tijucas, Santa Catarina, que conquistou o título de Grande Campeã com o animal de número 1450, da linhagem GOLD, e a reservada com Peppa AF, da Linhagem Paterna Levi da Taquari e materna El Chaco 53. No grande campeonato de machos, a Cabanha 53 do Rio Grande do Sul também conquistou as duas primeiras colocações, com o grande campeão Usurpador 53 e o reservado Viking 53, ambos da mesma Linhagem Paterna de Levi da Taquari e materna El Chaco 53.

Além da Santa Maria e da Cabanha 53, também entraram na pista os animais da Fazenda Dona Iria e do Sítio Vô Arnaldo.

Raça Santa Gertrudis é uma das atrações da 46ª Expointer em Esteio/RS

Além do julgamento dos animais, a Associação Brasileira do Santa Gertrudis lançará o Congresso Internacional da Raça, a ser realizado ainda este ano no Brasil

Acontece de 26 de agosto a 3 de setembro a 46ª edição da Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul. Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a exposição conta este ano com uma programação intensa, incluindo a presença da raça Santa Gertrudis, que participa da exposição há mais de trinta anos.

“Esteio sempre recebeu muito bem a nossa raça, e este ano mais uma vez entraremos com animais nesta pista pesada, que baliza muito da genética e do trabalho de desenvolvimento da raça no Brasil. O julgamento ficará a cargo do membro do Comitê Técnico da ABSG e médico veterinário, Marcos Santana, que há muitos anos conhece e acompanha a evolução do Santa Gertrudis”, explica o presidente da Associação Brasileira do Santa Gertrudis, Gustavo Barretto.

De acordo com o superintendente técnico da raça, que há 50 anos está na Associação, José Arnaldo Amstalden, a Exposição é um lugar de encontro e, ainda mais, de troca e evolução da raça, que possui entre suas características a adaptabilidade, o ganho de peso e a produção de carne de qualidade.

“O Santa Gertrudis participa da Expointer desde a década de 70, chegando em alguns anos a ter duzentos animais expostos, com a participação de mais de trinta criadores. Pela qualidade dos animais, a exposição sempre atraiu criadores de várias partes do Brasil, em busca de suas características de produção de carne e rusticidade”, ressalta Amstalden.

E neste ano a participação será ainda mais especial. Durante a Expointer 2023, será lançado o Congresso Internacional do Santa Gertrudis, evento que comemora os 70 anos da chegada da raça ao país. O Congresso será realizado entre os dias 29 de novembro e 11 de dezembro deste ano e reunirá diversos palestrantes e criadores de várias partes do mundo.

“Aproveitamos a força da Expointer para lançar o Congresso e nossa revista comemorativa dos 70 anos da chegada do Santa Gertrudis em terras brasileiras. Esperamos receber todos os criadores e entusiastas da raça no lançamento, mas também nos outros dias da Expointer e, ainda mais, no Congresso”, finaliza Barretto.

Serviço

Os julgamentos da raça acontecem no dia 27 de agosto (domingo) na pista central a partir das 9h30.

O Happy Hour de lançamento do Congresso Internacional do Santa Gertrudis será realizado no dia 29 de agosto, a partir das 19 horas, na Casa da raça Santa Gertrudis no Parque Assis Brasil em Esteio/RS.

Mayara Martins
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Otimizar a escolha de reprodutores é fundamental na pecuária atual, destaca especialista

Touros Santa Gertrudis podem ser escolha ideal em diferentes modelos de produção

Com a aproximação da estação de monta, muitos pecuaristas já estão trabalhando na estratégia que será utilizada este ano. A escolha dos reprodutores que produzirão os bezerros que estarão no mercado em 2025 é um dos temas centrais desse planejamento. Cada vez mais, essa busca é personalizada, levando em consideração as melhores características e os objetivos específicos de cada propriedade. Com base em dados, uma das preocupações é a taxa reprodutiva dos touros, um indicador do potencial desses animais para inseminar as fêmeas, especialmente durante o repasse.

Gustavo Barreto, presidente da Associação Brasileira da Raça Santa Gertrudis, explica que essa é uma questão que não preocupa os usuários dos reprodutores dessa raça, pois eles são capazes de alcançar alta produtividade mesmo na monta natural, independentemente da região em que estejam.

“Temos produtores de todos os tamanhos de rebanho que utilizam touros Santa Gertrudis na monta e obtêm resultados impressionantes, com uma média de 40 vacas por touro a partir dos 20 meses de idade, superando a média da taxa de prenhez na pecuária atual”, destaca o presidente.

De acordo com José Artur Affonso dos Santos, diretor de marketing da ABSG, a raça Santa Gertrudis vem se modernizando ano após ano para atender esse mercado de produção de bezerros. “Graças ao trabalho contínuo dos criadores, temos conseguido produzir bezerros cada vez menores, hoje em torno de 32 kg, de acordo com os dados do programa Embrapa/Geneplus, sem abrir mão de uma desmama mais pesada, o que mostra um rápido desenvolvimento dos animais da raça nessa fase”, enfatiza.

Além da produtividade, outro aspecto considerado na escolha de um touro ou sêmen é a qualidade da carne, ponto que vem sendo cada vez mais valorizado no mercado brasileiro. Segundo veterinários, a combinação de diferentes raças pode resultar em carne com características sensoriais e marmoreio distintos, altamente valorizados pelos consumidores exigentes. Thiago Amstalden, médico veterinário e criador em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul, ressalta a importância dessas características para o mercado.

“É necessário buscar animais altamente funcionais e com alta conversão alimentar, e isso só pode ser alcançado por meio do cruzamento industrial utilizando animais de sangue europeu, como é o caso do Santa Gertrudis, que tem como grande diferencial o uso de touros a campo. Se calculamos o consumo e a produção por hectare, o resultado será muito superior. O futuro está nessa direção e não há como voltar atrás”, destaca Amstalden.

Para Douglas Rodrigues, gestor da Fazenda Boa Vista, também em Nova Andradina, o investimento valeu a pena, uma vez que os animais resultantes do cruzamento tricross (Santa Gertrudis X F1 Angus) tiveram bons resultados. “Na fazenda, temos um ciclo completo, desde a cria até a terminação em confinamento. Estamos na propriedade há mais de quarenta anos, e eu sou responsável pela gestão há doze anos […]. Foi uma surpresa muito positiva, os animais nasceram saudáveis, sem problemas de parto, e tiveram um desenvolvimento excelente. Seu desempenho, GMD (ganho médio diário), ganho de carcaça e todo o crescimento foram muito superiores aos outros cruzamentos que costumávamos fazer”, ressalta.

Por se tratar de uma raça sintética, com 3/8 Brahman e 5/8 Shorthorn (origem britânica), o Santa Gertrudis acaba se destacando como uma excelente opção para os pecuaristas na utilização em cruzamentos industriais, tanto com IA (inseminação artificial), como utilizando seus touros para repasse a campo. “Independentemente das matrizes serem zebuínas ou F1, as qualidades das raças se somam, produzindo bezerros pequenos, com alto índice de Ganho Médio Diário, agregando também qualidade de carcaça e uma carne premium, atendendo, assim, às novas demandas do mercado”, finaliza o diretor de marketing da Associação, José Artur.

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Pecuária na prática exige raça adaptada e com índices que se traduzam em resultados

Santa Gertrudis, presente há 70 anos no Brasil, demonstra resultados importantes em programas de avaliação genética

Desde 1995, a raça Santa Gertrudis participa de programas de melhoramento genético e atualmente em parceria com a Embrapa/Geneplus mais de  30 mil animais compõe o sumário da raça.  Na última edição do sumário, índices como área de olho de lombo (AOL), marmoreio e conformação frigorifica foram incluídos para avaliação, um grande avanço para o desenvolvimento genético da raça.

“Existe uma proposta clara para o uso do Santa no sistema de produção de carne no Brasil, essa proposta consiste no uso dessa raça no formato de cruzamento industrial para produção a campo, agregando em produtividade e qualidade de carne em relação a base de matrizes zebuínas ou cruzadas. Uma vez que a raça entrega o que promete, é o “mercado” quem acaba reconhecendo que o Santa Gertrudis oferece uma boa opção, para o pecuarista que quer ser mais eficiente, isso faz com que a raça se consolide porque há um mercado consumidor para essa genética”, explica o pesquisador do Geneplus, Maury Dorta.

Na última edição do sumário um dos destaques para as fêmeas foi índice de idade ao primeiro parto, que indicam o potencial do animal para produzir filhas cujo primeiro parto seja mais ou menos precoce.

O técnico da Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG), Anderson Fernandes, explica que no caso da idade ao primeiro parto, quanto mais negativa for a DEP melhor, ou seja, menor será a idade ao primeiro parto de suas filhas.

“No comparativo histórico dos últimos dez anos de avaliações dos animais  dentro do programa EMBRAPA/Geneplus, a raça teve um avanço significativo na idade ao primeiro parto, ou seja, são fêmeas que emprenham cedo e que diminuem o ciclo reprodutivo dentro da porteira”, enfatiza Anderson. 

Outro índice visto como bastante importância dentro do programa é o peso ao sobreano, uma característica que demonstra a capacidade do animal ter precocidade no ganho de peso. Os animais líderes para essa característica imprimem mais de duas arrobas do que a média da população avaliada. 

“É o que todo pecuarista que entrega boi para o abate busca, que o animal ganhe peso mais cedo e que no gancho isso se traduza em quantidade de carne, isso significa o quanto a raça pode desenvolver dentro da propriedade e trazer rentabilidade ao produtor”, pontua.

Outro destaque para raça está na qualidade da carne produzida. Maury Dorta explica que esse fator tem origem na sua formação a partir do Shorthorn, que é uma raça taurina britânica.

“Sabemos que a qualidade de carne das raças desse grupo é diferenciada, dessa forma, o criador que utiliza o Santa Gertrudis no cruzamento ganha um bônus, porque tem o ganho em desempenho, que é o produto principal, mas também ganha em qualidade de carne e isso tem se tornado um item cada vez mais importante no mercado de carne, tanto interno quanto externo”, finaliza o pesquisador. 

A raça no holofote internacional

E para comemorar os 70 anos da chegada da raça no Brasil, a Associação Brasileira de Santa Gertrudis realizará entre novembro e dezembro deste ano o Congresso Mundial da raça, um evento que acontece a cada dois anos sendo cada edição em um país sede, o evento reunirá criadores da raça presentes em todo mundo, com palestras e muita troca de informações, passando por 4 estados do território brasileiro.

“Será um momento de mostrarmos ao pecuarista as características do Santa que trazem resultados porteira a dentro, o porque da raça estar presente a tanto tempo no Brasil e no mundo, sua consolidação e mais ainda, o que ela ainda pode agregar na pecuária brasileira”, destaca o presidente da Associação, Gustavo Barreto. 

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